sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

(5) Doença tireoideana: Hipotireoidismo

Hipotireoidismo é uma doença que decorre da diminuição ou ausência dos níveis hormonais tireoideanos. É a doença mais comum relacionada à tireóide, sendo mais frequente no sexo feminino.
Como já sabemos, os hormônios tireoideanos são responsáveis pela manutenção do metabolismo, ou seja, modulam a velocidade das reações químicas que envolvem energia. Portanto, a falta ou a escassez desse hormônio (hipotireoidismo) gera um quadro de lentidão metabólica, acarretando um conjunto de sintomas relacionados a isso.

A doença possui várias causas, entre elas:
- Doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto), é a causa mais comum;
- A má formação da glândula tireóide;
- Defeito na produção e síntese dos hormônios;
- Ingestão de medicamentos que interferem na formação liberação dos    hormônios tireoideanos;
- Bócio(menos comumente).
- Etiologia indireta, relacionada à hipófise e aos níveis de TSH.

Hipotireoidismo formado pela doença de Hashimoto: Essa doença, por ser auto-imune, faz com que o  sistema imunológico do organismo ataque sua própria glândula tireóide, provocando danos que comprometem sua capacidade de produzir hormônios.

 Sintomas do hipotireoidismo:

- sonolência, raciocínio lento
- intolerância ao frio
- pele seca e cabelos finos ou quebradiços
- intestino preso e digestão lenta
- frequência cardíaca lenta
- desânimo, depressão
- infertilidade
- pequeno ganho de peso

O hipotireoidismo, se não tratado, acarreta um prejuízo na performance física e mental. Além disso, pode acarretar problemas cardíacos devido ao aumento no nível de colesterol. A longo prazo, essa doença pode levar a um quadro chamado coma mixedematoso(perda de consciência, mau funcionamento do coração).

Quimicamente: No paciente com hipotireoidismo, existe um alto nível de TSH hipofisário, em conjunto com um nível baixo (ou até normal) de T4. No caso em que os níveis de T4 ainda estão normais, o quadro é chamado Hipotireoidismo Subclínico.
TIREÓIDE NORMAL
TSH e T4 normais
HIPOTIREOIDISMO INICIAL OU LEVE (SUBCLÍNICO)
TSH alto e T4 normal
HIPOTIREOIDISMO INSTALADO (CLÍNICO)
TSH alto e T4 baixo

Tratamento:  Pode ser feito com a reposição do hormônio T4, com a levotiroxina (forma farmacológica do hormônio). O paciente precisa tomar doses regulares desse medicamento por todos os dias, porém, o desaparecimento dos sintomas já é visível em aproximadamente 2 semanas de uso.

" Então, quem tem hipotireoidismo é uma pessoa doente para a vida toda?

Pessoas com hipotireoidismo precisam fazer o tratamento correto, com o uso diário de levotiroxina na dose mais adequada para sua situação. Se estiverem usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais, elas podem ter uma vida saudável, feliz e completamente normal.
No entanto, se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode se tornar um problema sério de saúde, comprometer a capacidade da pessoa realizar suas tarefas e até mesmo representar um risco de vida em casos extremos." 

Fonte: Portal Endócrino - Dr. Leandro Diehl










Sabrina Sato: Exemplo de pessoa que convive com o hipotireoidismo de modo saudável

Postado por: Matheus Naves Gonçalves

Substâncias antitireoideanas

Final de semestre e agora tá na hora das últimas postagens.
Hoje a gente pega um pouco mais leve. A postagem que segue é referente a algumas drogas que servem como inibidoras dos hormônios da tireoide (lembrem-se, paroxítonas terminadas em ditongo crescente “oi” não são mais acentuadas). 
               
Essas drogas antireoideanas têm muita importância atualmente, sobretudo em tratamentos pré-cirúrgicos. Entre essas substâncias, as mais importantes e bem conhecidas são o propiltiouracil, tiocianato e altas concentrações de iodetos inorgânicos.  Elas atuam de diversas maneiras, de forma a bloquear a secreção de hormônios tireoideanos.

Propiltiouracil: Esta droga age no sentido de reduzir a formação de hormônios. Seus principais campos de atuação, por assim dizer, consistem em atuar sobre iodetos e tirosina.  Há dois mecanismos sobrejacentes, a saber:  o primeiro busca obstar a enzima peroxidase (necessária para iodização da tirosina); o segundo atua bloqueando a conjugação de duas tirosinas iodadas, que servem para formar os hormônios.
Convém destacar que nem o propiltiouracil, tampouco o tiocianato, impedem a formação da proteína “suporte” para produção dos hormônios: a tireoglobulina. Desta maneira, ela continua ser formada sem, contudo, possuir os hormônios nos seus resíduos de tirosina. Esta falta de hormônio tireodeano, induzida pela droga, pode causar um aumento da secreção de TSH pela hipófise anterior e, portanto, gerar o crescimento da glândula.

                               Peroxidase: bloqueada pela droga

                Íons tiocianato: Esta droga age graças ao fato de que a mesma bomba que promove o transporte de íons iodeto para dentro das células da tireoide pode também transportar tiocianato (e outros compostos). Sendo assim, altas concentrações desse íon tiocianato, previamente dosado, é claro, causa competição com os íons iodeto na membrana da célula; o que inibe a captação de íon iodeto.  Desta maneira, o que acontece? A tirosina da tireoglobulina não é iodada (lembre que tiocianato não impede a formação da tireoglobulina) e a proteólise dela não termina com liberação hormônios tireodeanos.
 
                Altas concentrações de iodetos: Se temos uma alta concentração de íons iodetos no sangue, a taxa de captação desses íons é diminuída e, assim, a iodização da tirosina é afetada.  Só que tem algo muito mais importante do que isso: o fato de possuirmos em excesso os íons iodetos leva a uma drástica redução da endocitose do coloide. Caso não se lembrem, a endocitose do coloide (feita a partir dos folículos, pelas células tireoideanas) é o estágio inicial de liberação de hormônio tireodeano oriundo de coloide de armazenamento. Resultado, interrupção imediata da secreção de hormônio.

           Como é uma forma de bloquear a grande parte dos mecanismos e atividades tireoideanas, acaba por reduzir o tamanho da tireoide e sua irrigação sanguínea. Este é um efeito muito proveitoso no campo cirúrgico de remoção da glândula, uma vez que se reduz o porte da cirurgia, diminuído assim o risco. Geralmente é administrado de 2 a 3 semanas antes da cirurgia. Para se ter idéia, com o uso de esse e outros procedimentos pré-operatórios a mortalidade cirúrgica de remoção da glândula é menor que 1 em 1000; antes disso esses números eram de 1 a cada 25.
               
                                           é isso que altas [] de iodeto pode diminuir: bócio


Referências bibliográficas: http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=5&materia_id=68&materiaver=1

 Postador: Pedro Luiz Monteiro Belmonte
   

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Síntese e regulação da aldosterona

          A aldosterona é um hormônio sintetizado a partir do colesterol, assim como a maioria dos hormônios da supra-renal. A síntese da aldosterona segue uma via que até certo ponto é comum às vias de síntese de glicocorticóides e de hormônios sexuais e por isso, fármacos que possam ser utilizados na supressão da síntese de glicocorticóide, por exemplo, podem também suprimir a síntese de mineralocorticoides. Mas trataremos deste aspecto farmacológico no próximo post.
         A figura abaixo mostra as vias de biossíntese destes hormônios:

            A regulação da síntese de aldosterona ocorre com pouca dependência de outros hormônios e está mais relacionada às concentrações dos eletrólitos dos líquidos extracelulares. Podemos apontar na ordem de importância os seguintes fatores de regulação da síntese de aldosterona:
1.      Concentração de potássio no líquido extracelular (quanto mais potássio; maior a liberação de aldosterona)
2.      Sistema renina-angiotensina (quanto maior a concentração de angiotensina II; maior a liberação de aldosterona) -
3.      Concentração de sódio no líquido extracelular (pouca influência, haja visto que as concentrações de sódio variam pouco devido a alta afinidade da água por este eletrólito)
4.      Presença de ACTH secretado pela hipófise (causa pouco efeito na regulação da aldosterona, observando-se um leve aumento de sua secreção).

         Correlações clínicas relacionadas aos reguladores da aldosterona podem ser encontradas no post sobre Síndrome de Conn.

Referências Bibliográficas:
·         Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica.
·         Rang, H.P. & Dale,M.M.  Farmacologia. 6 ed. Churchill Livingstone.
·         Ana Maria da Silva Curado Lins, Msc.  Adrenais. PUC-GO.

Postado por: Danilo Aquino Amorim.

Entendendo a ação dos mineralocorticóides

          Os mineralocorticóides são hormônios secretados pela zona glomerulosa do córtex das glândulas adrenais. Eles recebem este nome por influenciarem os eletrólitos dos líquidos extracelulares, principalmente sódio e potássio. A aldosterona é o principal mineralocorticóide e servirá como modelo para entendermos os mecanismos de ação desta classe de hormônios.
          A aldosterona atua sobre o transporte iônico ao se ligar ao receptor de mineralocorticóide (MR), um receptor intracelular. A ligação ao hormônio induz modificação conformacional e fosforilação do receptor e dissociação do complexo protéico que envolve o MR quando este está livre no citoplasma. As células que contêm receptores de mineralocorticóide (MR) também contêm a enzima 11β-hidroxiesteróide desidrogenase, que converte glicocorticóides em metabólitos com baixa afinidade pelos MR, garantindo desta forma, que as células sejam afetadas apenas pelos hormônios mineralocorticóides genuínos.
         Após a ligação ao hormônio, o MR transloca-se até o núcleo onde se liga a sequências específicas do DNA localizadas em regiões reguladoras de genes-alvo. Genes codificadores das sub-unidades das proteínas Na/K ATPase e do ENaC (Canal de sódio sensível a amilorida) são regulados pela aldosterona. Na figura abaixo está representado o modelo de ação genômica da aldosterona.
           O efeito sobre as taxas de transporte de sódio e potássio só começa a ocorrer cerca de 45 minutos após a liberação de aldosterona e o efeito é máximo após várias horas ou dias, que corresponde ao tempo de síntese das proteínas transportadoras de membrana (Na/K ATPase e ENaC). Neste período ocorre aumento da secreção de potássio e da reabsorção tubular renal de sódio: o potássio é eliminado pela urina e o sódio permanece no líquido extracelular. Algumas alterações nas concentrações de sódio e potássio podem ser percebidas nos tecidos epitelial, vascular e cardíaco, nos primeiros 45 minutos após a secreção de aldosterona, o que sugere um mecanismo de ação não-genômico para a aldosterona, mas que ainda não está bem esclarecido.
Referências Bibliográficas:
·         Rosa,F.L.F. & Antonini,S.R.R.;  Resistência aos mineralocorticóides: pseudo-hipoaldosteronismo tipo 1.
·         Rang, H.P. & Dale,M.M.  Farmacologia. 6 ed. Churchill Livingstone.


Postado por: Danilo Aquino Amorim

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Hormônio tireoideano: Fisiologia


Efeitos do Hormônio tireoidiano sobre mecanismos corporais específicos

            É isso aí, galera. Um pouquinho de fisiologia pra vocês, afinal, ela nos acompanhará para o resto dos nossos dias.    

·         Estímulo do metabolismo de carboidratos:  Os hormônios da tireoide são capazes de estimular diversos processos do metabolismo de carboidratos, dentre eles: a captação rápida de glicose pelas células; o aumento da glicólise (aumento das mitocôndrias, por exemplo); aumento da taxa de absorção do trato gastrointestinal; aumento da secreção de insulina, seguida pelos seus efeitos secundários sobre o metabolismo. Inclusive, verifica-se o aumento da gliconeogênese. Tudo isto, obviamente, converge para um aumento geral nas enzimas que participarão do metabolismo de carboidratos.

·         Redução do peso corporal: Aumentando o hormônio da tireoide, quase sempre teremos uma redução de peso, pois o metabolismo é otimizado. Contudo, há de se ter muito cuidado porque o hormônio tireoideano também aumenta o apetite, o que pode compensar a mudança na taxa metabólica.



·          Efeitos sobre os lipídeos plasmáticos e hepáticos: Observa-se que se aumentarmos a quantidade de hormônio tireoideano reduziremos as concentrações de colesterol, fosfolipídeos e triglicerídeos no plasma, embora aumentemos a concentração de ácidos graxos livres. Caso contrário, um aumento do colesterol, fosfolipídeos e triglicerídeos é causado por uma redução da secreção de hormônio tireoideano. Nos casos de hipotireoidismo, o aumento do colesterol plasmático pode acarretar aterosclerose grave.
Cabe destacar o mecanismo pelo qual o colesterol é eliminado através do aumento do hormônio tireoideano: secreção de colesterol na bile, e conseqüente eliminação nas fezes.
Exatamente isto! Segundo o grupo que apresentou sobre colesterol, gastamos 18 ATP’s para produzir UMA molécula de colesterol. E o que o hormônio tireoideano faz com esses 18 ATP’s? Direto pra descarga. Quanta maldade.
Cogita-se que esta secreção elevada de colesterol na bile seja causada pela indução(pelo hormônio tireoideano) de um maior número de receptores de lipoproteínas de baixa densidade nas células hepáticas, diminuindo as lipoproteínas do plasma, e assim, a secreção de colesterol nestas lipoproteínas pelas células hepáticas.
·         Maior necessidade por vitaminas: Este efeito é de fácil verificação pois, como o hormônio tireoideano aumenta o número de enzimas no organismo, é evidente que as vitaminas serão mais requisitadas, uma vez que elas são parte essencial de algumas enzimas e coenzimas.

Hormônios tireoideanos e o sistema cardiovascular

·         Aumento do fluxo sanguíneo e débito cardíaco: Como o metabolismo está aumentado, usamos uma quantidade maior de oxigênio e temos uma elevação de produtos metabólicos. Estes efeitos provocam a vasodilatação na maioria dos tecidos, aumentando o fluxo sanguíneo. Observa-se uma elevação do fluxo sanguíneo ainda maior na pele, pois há uma necessidade aumentada da dissipação de calor pelo organismo. Se elevarmos o fluxo sanguíneo, obviamente elevaremos o débito cardíaco (que é, por definição, o volume de sangue bombeado pelo coração no período de um minuto). Algumas vezes este débito pode chegar a um aumento 60% (situação de hipertireoidismo) ou redução de até 50% do normal no hipotireoidismo grave.            



·        Aumento da freqüência cardíaca: Somente pelo aumento do débito cardíaco, poderíamos esperar o aumento da freqüência cardíaca. Contudo, este aumento é muito além do que o esperado. Portanto, o hormônio da tireoide parece ter um efeito direto sobre a freqüência cardíaca. Cabe observar inclusive que este acréscimo da freqüência é um dos sinais observados pelo médico para determinar o excesso ou diminuição do hormônio tireoideano.
                                                
·         Aumento da força cardíaca:  À primeira vista, uma pequena elevação da secreção de hormônio tireoideano é capaz de aumentar a força de contração cardíaca. Só que tem uma coisa importante aqui: Quando a secreção de hormônio tireoideano é muito elevada, a força do músculo cardíaco se torna deprimida devido ao catabolismo protéico exaustivo por longos períodos. Há relatos de morte por descompensação cardíaca à insufuciência miocárdica e ao aumento do trabalho cardíaco imposto pelo maior débito.

Referência bibliográfica: 

 GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. 

 Postado por: Pedro Luiz Monteiro Belmonte 

Ação anti-inflamatória do Cortisol

          O uso de cortisol é bastante difundido para o controle de inflações instauradas e, por muitas vezes, e uso é indiscriminado que pode gerar consequências dolosas. Apesar de ser chamado inespecificamente de corticoides, os compostos usados no tratamento de inflamações são apenas uma classe dentro dos corticoides que são os glicocorticoides. Os mais utilizados são o cortisol, a cortisona(artificial), a prednisona(artificial), a metilprednisona(artificial) e a dexametasona(artificial).Os efeitos de todos esses glicocorticoides são semelhantes e por isso será explicado aqui o cortisol, que é o mais estudado, por ser produzido em nosso corpo.


           O cortisol atua inibindo os sinais que estimulam o início do processo inflamatório. Dentre os sinais principais estão a ativação de leucócitos através de contato com fragmentos celulares e outras substâncias como histamina, bradicinina e enzimas proteolíticas. Esses sinais informam aos leucócitos que algo está errado e que células estão sofrendo lise. Uma das ações do cortisol é impedir a degradação dessas células através da estabilização das membranas dos lisossomos, dificultando sua ruptura e a consequente lise da célula. 

 
           O cortisol também reduz a permeabilidade dos vasos sanguíneos, diminuindo a diapedese de células de defesa sanguíneas, como monócitos, e diminui o extravasamento de plasma para o interstício, reduzindo os edemas. Além disso, o cortisol reduz a reprodução de linfócitos, diminuindo a ação do sistema imune, já que são os linfócitos que iniciam o processo inflamatório, reconhecendo, primeiramente os antígenos.

           Por conta dessas características ele é usado no tratamento de doenças auto-imunes, asma, alergias, edema cerebral, transplante de órgãos, doença de Addison, bronquite dentre outros tantos. 

 
           Em relação aos perigos do uso indiscriminado de glicocorticoides o problema normalmente se dá por que essa é uma substância que o corpo também produz e através de um mecanismo de feedback, a produção natural de cortisol pelo córtex das adrenais é inibida. Enquanto o uso do medicamento é feito não se tem problema porque a quantidade de cortisol necessária está vindo de fontes externas, mas se o remédio é retirado de maneira abrupta as adrenais não conseguem suprir o corpo com o hormônio. Desse modo, os sintomas que aparecem são os relacionados ao hipo-adrenalismo, como baixa disponibilidade de glicose entre as refeições e baixo poder de combater uma situação de stress.


           Outro perigo do “corticoide” é que se usado de forma muito prolongada, pode ter ação supressora do sistema imune, podendo levar a infecções que não são devidamente combatidas pelo corpo, podendo um vírus pouco perigoso como o da gripe debilitar seriamente uma pessoa, podendo ela chegar a morte. Por isso a importância de se tomar tal medicação com acompanhamento médico e a necessidade de parar de tomar o cortisol de maneira regressiva, para que o corpo possa voltar a produzir normalmente o hormônio.






Referências: Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica

Postado por: Lucas Menez de Oliveira

(4)Diabetes Adrenal

           A diabetes, seja ela independente qual tipo, se caracteriza pelo quadro de aumento dos níveis normais de urinação, podendo estar ligado aos quadros de hiperglicemia. Nos casos de diabetes pancreática há dois tipos maiores que são as diabetes insipidus e mellitus, sendo essa havendo duas subdivisões que são a tipo1(DMID) e a tipo2(DMIR). A diabetes mellitus se caracteriza pelas altas taxas de glicose no sangue, esse excesso de glicose é eliminado pela urina, fazendo com que ocorra maior fluxo osmótico nos túbulos dos néfrons nos rins, fazendo com que aumente o volume de urina, sintoma clássico da diabetes. Nesse caso a elevada glicemia está relacionada a falta de insulina(DMID) ou a falta de receptores para esse hormônio(DMIR).

 
           A diabetes adrenal se assemelha muito à diabetes mellitus, sendo que a diferença está em como que se origina essa grande quantidade de glicose no sangue. No caso da adrenal, o causador da hiperglicemia é o cortisol. Esse glicocorticoide, como já foi dito neste blog, atua na regulação de glicose circulante através da ativação gliconeogênese e da redução da utilização celular de glicose. A ativação da gliconeogênese ocorre através da ativação da transcrição de genes no DNA das células hepáticas, que darão origem a enzimas que participarão da gliconeogênese. Além disso o cortisol aumenta a quantidade de substrato para a reação citada acima, quebrando lipídeos e proteínas que fornecerão glicerol e aminoácidos para tal reação.


Seta aponta para tumor na adrenal
          O aumento do nível sanguíneo de cortisol é causado pelos seguintes fatores:
-Tumor, maligno ou não, na hipófise que causa aumento na secreção de ACTH e consequente aumento na produção de cortisol
-Tumor, maligno ou não, nas adrenais que causa aumento na produção de cortisol
-Hiperplasia das glândulas adrenais
-Tumor em outras regiões do corpo que podem causar produção ectópica de ACTH
-Depressão

          O tratamento a ser utilizado depende do motivo do aumento do cortisol. Em caso de tumor, a retirada do mesmo pode solucionar o problema. Em caso de depressão deve-se controlar tal caso clínico. De modo geral, pode-se também combater essa forma de diabetes com aplicações de insulina, apesar dessa doença moderadamente sensível a esse hormônio.




Referências: Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica

Postado por: Lucas Menez de Oliveira